Durante o tratamento oncológico, recomenda-se ao paciente evitar o uso de enxaguante bucal com álcool

4 de Abril de 2018

A quimioterapia e a radioterapia são tratamentos altamente eficazes para combater a maioria dos tipos de cânceres. Em geral, esses tratamentos também provocam alguns efeitos colaterais. Dependendo do local e do tipo de tumor e da dose das medicações, as reações podem ser temporárias ou permanentes. Alguns sintomas, quando não tratados imediatamente, podem prejudicar inclusive a saúde da boca, deixando-a mais sensível.

Apesar de cada paciente responder de maneira diferente tanto à quimioterapia como à radioterapia, alguns efeitos adversos são comuns: a sensibilidade nos dentes, na gengiva e na mucosa da boca é uma das reações principais. As queixas mais frequentes dão conta para a perda do paladar, surgimento de mucosite (feridas), xerostomia (boca seca), candidose (infecção por fungos) e cárie de radiação.

Tais problemas bucais podem ser controlados com a manutenção rigorosa da higiene bucal. Não à toa, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Icesp, que está ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, bem como à Secretaria Estadual da Saúde, já alertou anos atrás sobre os cuidados com a higiene bucal durante o tratamento do câncer.

O cuidado odontológico precisa ser feito, portanto, antes, durante e após as terapias oncológicas. Além das consultas periódicas com o dentista, o paciente deverá redobrar os cuidados com a higiene bucal: passar fio dental, escovar cuidadosamente os dentes, a gengiva e a língua após as refeições. E, um alerta novo é evitar o uso de enxaguantes bucais com álcool.

*Fonte: Icesp/ Secretaria de Saúde de São Paulo