Para cura ou controle do câncer, é necessário cuidar também da saúde dos ossos

13 de julho de 2018

Com o diagnóstico do câncer, uma série de mudanças na vida de qualquer pessoa passa a ocorrer…idas frequentes a consultórios médicos, realização de exames clínicos e de imagens, tratamentos longos e – muitas vezes – com efeitos adversos, a exemplo da quimioterapia e da radioterapia, cirurgia para remoção, dissecção ou ressecção de tumores, licença do trabalho, auxílio previdenciário, inapetência (perda da vontade de comer), fadiga, indisposição para rotinas, entre outros.

Esses eventos terminam fazendo com que o paciente deixe de lado alguns cuidados e a saúde dos ossos é um desses tristes descuidos. Para evitar e combater o risco de osteoporose (doença crônica, sem cura, que afeta o sistema ósseo, deixando os ossos frágeis e suscetíveis a fraturas), o paciente deve conversar e seguir as melhores orientações de sua equipe de cuidados (médico, nutricionista, fisioterapeuta, educador físico), seja com uma alimentação equilibrada e eventualmente suplementada com vitamina D e cálcio, seja com a prática regular de atividade física apropriada para manter os ossos sadios e fortes.

Por isso, o Projeto Navegação de Pacientes se pauta nas melhores recomendações de saúde e orienta o público, em especial o paciente oncológico, a procurar estar fisicamente ativo por pelo menos 30 minutos por dia ou três vezes na semana, realizando exercícios leves durante o tratamento, como caminhadas ao ar livre e na companhia de pessoas do convívio social ou outras atividades como yoga, meditação, hidroginástica, natação, pedalada para reduzir os efeitos colaterais, melhorar o sistema imunológico e prevenir osteoporose.

E, ao concluir o tratamento, é importante que o paciente intensifique a prática regular da atividade física para combater a fadiga e recuperar o tônus muscular perdido ao longo da jornada do tratamento do câncer. Tudo isso melhora a saúde do sistema ósseo e ativa a circulação sanguínea e ajuda a memória, combatendo um efeito cerebral muito comum da quimioterapia – a Chemo Brain ou Nevoeiro Quimioterápico, mais simplificadamente confusão mental ou esquecimento – que pode ocorrer durante ou pós o tratamento.