A Associação dos Amigos da Oncologia – AMO aceitou honrosamente o convite da empresa internacional Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. para participar com outras organizações sociais estrangeiras e do Brasil do “Taller Latinoamericano de Organizaciones de Pacientes” – o Encontro Latino-americano de Organizações de Pacientes – que ocorreu semana passada, nos dias 9 e 10 de maio, no The Capital Hotel, em São Paulo.
O jornalista e assessor de comunicação da AMO Jeimy Remir – responsável pelo relacionamento com a empresa – representou a Associação no evento e concluiu as oficinas de desenvolvimento de capacidades para ações de Advocacy. Além das cinco regiões do Brasil, muitos países da América Latina foram representados no encontro multicultural como o México, Venezuela, Costa Rica, Colômbia, Chile, Argentina, Bolívia e Equador.
O objetivo do encontro foi não só reunir grandes organizações de pacientes de toda a América Latina para troca de experiências, mas sobretudo para desenvolver e aprimorar as capacidades de cada organização sobre assuntos relacionados à gestão básica, comunicação, advocacy e oncologia. A identificação de barreiras no acesso ao sistema de saúde, a qualidade da atenção e tratamento do câncer e o desalinhamento de informações foram alguns dos temas abordados.
ESTRATÉGIAS DE ADVOCACY
“A importância de se formar lideranças e coalizão local e regional para o fortalecimento de causas foi o norte oferecido nas capacitações. Certamente, toda organização representada ganhou empoderamento e mais conhecimento para encampar lutas a favor dos pacientes e para exigir políticas públicas, apresentando argumentos robustos e cada vez mais convincentes aos tomadores de decisões”, acredita o jornalista Jeimy Remir.
Dinâmicas de trabalho, rodas de discussão e apresentação de mensagens de valor para incidir em políticas públicas fizeram parte da programação. O encontro contou também com as capacitações de especialistas de referência na América Latina, da Catalyst Consulting Group – empresa de consultoria com atuação internacional -, da Sense Company para o uso de dados e do médico Luiz Antônio Santini, diretor do Instituto Nacional do Câncer – Inca no Brasil entre os anos de 2005 e 2015.
“O câncer é o maior desafio para a medicina, para a sociedade e para a vida em família. É, portanto, um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O maior objetivo hoje é reduzir as desigualdades do acesso ao tratamento entre os países e dentro de cada país. A meta passa a ser, então, o aprimoramento dos sistemas de informações e de interpretação de dados para fortalecer a nossa política nacional do câncer. Por tudo isso, a relação entre Estado e entidades civis deve ser de muito aprendizado”, explica o ex-diretor do Inca.