Primeira atividade do ano do Grupo de Estudo Relacionado ao Câncer traz palestra sobre lesões ocasionadas no ambiente de trabalho. No exercício de suas atividades, os trabalhadores estão expostos diariamente a todo tipo de sobrecarga – física, de raciocínio e psicológica. Com elas, a pressão mecânica localizada, determinadas posturas, carga estática, invariabilidade de tarefas, fatores organizacionais e psicossociais contribuem para o surgimento de lesões.
Para abrir o primeiro encontro de atividades do ano do Grupo de Estudos do Câncer Relacionado ao Trabalho (vinculado ao Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest Anísio Dário, da Prefeitura de Aracaju), que aconteceu este mês no miniauditório da Associação dos Amigos da Oncologia – AMO, o fisioterapeuta Alysson Paulino Santana apresentou as duas principais lesões relacionadas ao trabalho.
As lesões por esforços repetitivos, mais conhecida por LER, e os distúrbios osteo-musculares relacionados ao trabalho, agora chamados de DORT, são acometimentos ocupacionais, decorrentes da utilização excessiva do sistema músculo-esquelético, e que exigem tempo para recuperação. Atingem, hoje, milhares de trabalhadores e abrangem outras lesões como tinossinovite, tendinite, bursite e outras.
De acordo com o fisioterapeuta Alysson Paulino, essa orientação é destinada a profissionais de saúde que atendem os trabalhadores nos serviços públicos e privados de saúde e especializados em segurança e medicina do trabalho. “O nosso objetivo é orientar os profissionais da assistência para identificar e notificar os casos de LER/DORT, bem como oferecer subsídios aos órgãos de vigilância para intervenções nos ambientes de trabalho”, explicou o fisioterapeuta. AMO-GRUPODESTUDO-CÂNCER-FEVEREIRO-2016-11 Fisioterapeuta Alysson Paulino explica aos profissionais de saúde sobre como identificar e notificar lesões ocasionadas no trabalho.
SINAIS E SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas da LER e DORT são, em primeiro estágio, a sensação de peso, dormência e desconforto em áreas específicas e as sensações passam após descanso de horas ou dias. Num segundo estágio, a localização da dor passa a ser mais precisa e ocasionará perda de sensibilidade, formigamento e inchaço na área afetada.
Mesmo com o repouso prolongado, uma dor persistente aparece num terceiro estágio das lesões e dos distúrbios, com crises de dor aguda, irritabilidade e perda da capacidade de realizar alguns movimentos. Por último, num quarto estágio, a dor aguda se torna constante e migra para outras partes do corpo, com perda de força e do controle dos movimentos, e da capacidade de trabalhar e realizar atividades domésticas.