Reportagem especial publicada hoje na Folha de S. Paulo – o jornal de maior circulação no Brasil – com o título “Mulheres com câncer esperam há meses por remédio que pode dobrar sobrevida” denuncia a luta de milhares de mulheres com câncer de mama e dependentes do SUS pela dispensação do medicamento Pertuzumabe, comercializado pela fabricante Roche com o nome de Perjeta.
O medicamento de alto custo é capaz de dobrar o tempo de sobrevida das pacientes e é indicado para mulheres com câncer de mama do subtipo HER 2+, o que quase sempre corresponde a 20% dos casos totais de câncer de mama feminino, atualmente estimado pelo INCA em 57 mil novos casos por ano no Brasil.
Com a incorporação aprovada pela Conitec/ Ministério da Saúde em dezembro de 2017, a medicação deveria estar sendo distribuída em todo o Brasil desde junho de 2018 conforme portaria ministerial. No entanto, até o presente momento, não há previsão de sua distribuição. Para ter acesso ao medicamento, a paciente precisa judicializar a saúde para ter seu direito garantido.
E quem ilustra a Via Crúcis das milhares de mulheres com câncer de mama usuárias do SUS é a dona de casa Lenivalda Rodrigues dos Santos, de 34 anos, moradora do bairro Bugio, na zona norte da capital sergipana, em tratamento oncológico no Hospital de Urgências de Sergipe – HUSE, assistida pela Associação dos Amigos da Oncologia – AMO e beneficiada pelo Projeto Navegação de Pacientes em Sergipe.
Essa denúncia é fruto da mobilização da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama e do apoio da AMO e do projeto Navegação de Pacientes em Sergipe. Conheça um pouco da luta de Lenivalda dos Santos e entenda o dilema em torno da dispensação do Pertuzumabe, clicando aqui: https://bit.ly/2InZ0U9