AMO ALERTA PACIENTES E REFORÇA O POSICIONAMENTO MÉDICO DE NÃO INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO MESMO EM TEMPO DE PANDEMIA

03/04/2020

 

Com base no recente posicionamento da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e da Sociedade Brasileira de Radioterapia, a Associação dos Amigos da Oncologia – AMO alerta os pacientes oncológicos e seus familiares sobre as orientações médicas de não interrupção do tratamento oncológico mesmo em tempo de pandemia e reforça a importância elevada das medidas preventivas de higienização e de distanciamento social para evitar a contaminação pelo coronavírus.

De acordo com o médico oncologista clínico Michel Fabiano Alves, que possui formação em oncologia clínica pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Icesp e tem vasta experiência no Sistema Único de Saúde e na Saúde Suplementar, a recomendação da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e de todas as Instituições de Saúde no mundo é a de que os pacientes oncológicos não devem interromper o tratamento e precisam ficar atentos e redobrar mais ainda as medidas de proteção e de segurança contra o coronavírus.

“Todos os pacientes oncológicos que estão submetidos a algum tratamento, seja de quimioterapia, de imunoterapia, de hormonioterapia ou de radioterapia, devem continuar o tratamento neste período de pandemia. Apenas em algumas situações específicas, em que for seguro [o controle da doença], o médico assistente irá discutir a interrupção ou o aumento dos intervalos das aplicações de químio por exemplo, mas sempre quando isso for seguro e não trouxer nenhum prejuízo para o paciente”, assegura o oncologista clínico.

MANUTENÇÃO DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO EM SERGIPE
Segundo o médico Michel Fabiano, todas as instituições de saúde em oncologia no Brasil estão extremamente comprometidas em proteger as populações de maior risco para o Covid-19 e, principalmente, os pacientes que estão em tratamento de quimioterapia. Por isso, não há por que suscitar dúvidas nem instalar o pânico sobre a continuidade dos tratamentos. Para tanto, a maioria das unidades de tratamento oncológico (públicas e privadas) têm reduzido o fluxo de acesso dos pacientes nas suas instalações, de forma que se mantenha os ambientes seguros para a continuidade das terapias.

Aqui em Sergipe não é diferente. Tanto na rede pública como na rede privada, o tratamento oncológico tem sido permanente e as medidas de prevenção e segurança aplicadas. O Hospital de Urgência de Sergipe, por exemplo, vem mantendo os tratamentos de quimioterapia, de radioterapia e cirurgias oncológicas seguindo todos os protocolos de segurança de saúde. O Hospital de Cirurgia segue da mesma forma, ao confirmar por meio da Portaria n. 08/2020, emitida pela Diretoria Clínica da unidade, a manutenção da oncologia clínica e das cirurgias oncológicas, mesmo após a suspensão de procedimentos eletivos e atendimentos ambulatoriais. Assim também fazem a Clínica de Radioterapia e Imagem de Sergipe – Clinradi, as oncoclínicas e os hospitais particulares.

“Essas medidas são justamente para garantir a segurança de todos os pacientes contra o coronavírus. A maioria das clínicas e unidades de saúde tem, por exemplo, postergado estrategicamente a consulta dos pacientes que estão em seguimento [os pacientes que já acabaram o tratamento oncológico e realizam consultas periódicas com seus oncologistas para atendimento clínico e exames regulares] ou feito por telemedicina – quando há disponibilidade desse recurso – para conter os riscos de disseminação do vírus e proteger quem mais precisa ir às unidades de saúde para tomar as medicações ou outros tratamentos”, explica Michel Alves.

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