A Associação dos Amigos da Oncologia – AMO abraça a campanha nacional “Março Lilás” para chamar atenção das mulheres sobre a importância da prevenção, do diagnóstico inicial e do combate ao câncer do colo uterino, igualmente conhecido como câncer cervical. A Instituição aproveita a oportunidade também para propagar o movimento “Por um Brasil sem Câncer do Colo do Útero”, que vem ganhando força nos últimos anos em todo o País com o apoio de sociedades médicas e de organizações sociais por incentivar mulheres adultas a realizarem seus exames ginecológicos preventivos e a se vacinarem contra o HPV.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – o INCA, o câncer de colo do útero é um dos mais frequentes tumores na população feminina. A estimativa mundial coloca o câncer cervical como o quarto mais frequente em todo o mundo com 604 mil casos novos todos os anos. No Brasil, ele é o terceiro tumor maligno mais frequente e a quarta causa de mortes entre as mulheres. Neste ano, as estimativas dão conta de 17.010 casos novos em todo o país. Somente para a Região Nordeste, 5.280 casos novos são esperados, sendo 220 casos novos em Sergipe e 40, em Aracaju.
FATORES DE RISCO
Segundo a American Cancer Society – a Sociedade Americana de Combate ao Câncer – o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente de alguns subtipos oncogênicos do Papilomavírus Humano, o HPV. A infecção genital pelo HPV – um vírus de contato – é muito frequente e, na maioria dos casos, não causa doença alguma. No entanto, em alguns casos, alterações celulares ocorrem e podem desenvolver um câncer.
Outros fatores de risco podem contribuir para aumentar o risco de se desenvolver o câncer do colo do útero. O início precoce da atividade sexual é um deles. O INCA também alerta para o cuidado com atividade sexual com múltiplos parceiros, com o tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados) e, com muita atenção, para o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
PREVENÇÃO
O câncer de colo do útero pode ser evitável com alguns métodos combinados: a vacinação contra os subtipos oncogênicos do HPV; o uso de preservativos com o objetivo de reduzir o risco de contágio do vírus pela via sexual; e o exame preventivo como o Papanicolau, que deve ser realizado periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual com o objetivo de detectar precocemente alterações pré-cancerígenas e tratá-las para não evoluir para um câncer.
VACINAÇÃO
O Sistema Único de Saúde – SUS recomenda e disponibiliza gratuitamente a vacina anti-HPV quadrivalente nas unidades básicas de saúde. A vacina é ofertada com duas doses para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos e para homens e mulheres de 9 a 45 anos de idade que vivem com HIV/Aids, com câncer em quimioterapia e/ou radioterapia, e que receberam transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea.