AMO APOIA ‘SETEMBRO VERDE’ E CHAMA ATENÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE SINAIS E SINTOMAS E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE INTESTINO

10/09/2020

Com o objetivo de fortalecer as políticas públicas de vigilância em saúde e de apoiar as ações de prevenção e controle do câncer, a Associação dos Amigos da Oncologia – AMO abraça a campanha nacional ‘Setembro Verde’ e alerta a sociedade sergipana sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de intestino. A campanha abrange ações educativas com a distribuição de laços verdes e a divulgação de conteúdos informativos sobre os principais sinais e sintomas da doença.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, a incidência global do câncer de intestino alcançou 1,8 milhão de casos novos na estimativa mundial mais recente, sendo o segundo tipo mais frequente, quando excetuado o câncer de pele do tipo não melanoma. No Brasil, as estimativas dão conta de cerca de 41 mil casos novos de câncer de intestino ou câncer colorretal para este ano de 2020. Em Sergipe, a estimativa é de 310 novos casos para o mesmo período. Atualmente, a Associação acolhe cerca de 270 pessoas em situação social vulnerável com a mesma patologia.

SINAIS E SINTOMAS
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia chama atenção da população e a AMO reforça para a sociedade sergipana e para as populações de alto risco para os principais sinais e sintomas do câncer de intestino como a presença de sangue nas fezes; alteração dos hábitos intestinais; diarreia; constipação; dor ou desconforto abdominal; anemia; fraqueza; perda de peso sem causa aparente; alteração nas formas das fezes (mais finas e compridas); e massa e tumoração abdominal.

Os fatores relacionados para este tipo de câncer são idade igual ou superior a 50 anos; obesidade; inatividade física; tabagismo prolongado; alto consumo de carne vermelha e processada (como mortadela, linguiça, presunto e bacon); baixa ingestão de cálcio; consumo excessivo de álcool; alimentação pobre em frutas, fibras, legumes e verduras; histórico familiar de câncer de intestino; pólipos adenomatosos; algumas doenças inflamatórias do intestino, a exemplo da doença de Crohn; e, também, a diabetes tipo 2.

PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE
O câncer de intestino é passível de tratamento e, na maioria dos casos, é curável quando diagnosticado precocemente. Em geral, os tratamentos convencionais estão concentrados em cirurgia, em quimioterapia e em radioterapia. A prevenção consiste em realizar o exame periódico de sangue oculto nas fezes em pessoas assintomáticas com idade acima de 45 anos e a realização de pelo menos uma colonoscopia após os 50 anos de idade em pessoas assintomáticas e sem histórico familiar de câncer colorretal.

O exame de colonoscopia é a recomendação padrão para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de intestino. Com o exame é possível identificar lesões pré-malignas – os pólipos ou adenomas – que se tratam de pequenas verrugas benignas presentes na parte interna do intestino grosso. A colonoscopia é um exame feito por um médico endoscopista, com preparo intestinal e uso de sedação. Além da identificação dos pólipos, a colonoscopia possibilita a ressecação dessas lesões pré-malignas e a biópsia de tumoração intestinal.

SOBRE O INTESTINO
O intestino é um órgão extremamente extenso e muito importante do organismo humano. Tem formato de tubo e integra o sistema digestório. Estende-se do final do estômago e segue até o ânus. É constituído por intestino delgado com cerca de 6 metros de comprimento e intestino grosso com 1,5 metro. Está responsável pela absorção de água e de nutrientes e pela eliminação de resíduos, de toxinas e fezes. Por abranger cerca de 70% das células nervosas ou meio bilhão de neurônios, é considerado um segundo cérebro humano.

Segundo a American Cancer Society (a Sociedade Americana de Combate ao Câncer), o câncer de intestino abrange os tumores malignos que se iniciam e se desenvolvem nas partes superiores do intestino grosso (chamadas de cólon) e no reto. Por isso, os cânceres de intestino também são conhecidos como cânceres colorretais. A maior parte dos cânceres intestinais surge no cólon e representa cerca de 75% dos casos e a menor se inicia no reto e representa os 25% restantes dos casos totais.

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