Hoje, 27 de julho, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Para celebrar a data que enseja um mês inteiro de campanha, a Associação dos Amigos da Oncologia – AMO abraça o “Julho Verde” com o objetivo de bem informar sobre a importância da conscientização, da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento oportuno e eficaz das doenças.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – o INCA, o câncer de cabeça e pescoço engloba tumores malignos que atingem toda a cavidade oral, a faringe, laringe e a tireóide. O câncer de cabeça e pescoço ocupa hoje a quinta posição mais incidente no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres. E o câncer de boca é mais prevalente em homens e o câncer de tireóide mais comum em mulheres.
SINAIS E SINTOMAS
Os cânceres de cabeça e pescoço podem ser sinalizados por alguns sintomas como a presença de manchas brancas ou avermelhadas na boca acompanhadas de dor e sangramento; feridas na boca que não cicatrizam; nódulos palpáveis no pescoço; rouquidão ou alteração na voz por mais de 15 dias; dor de garganta que persiste mesmo com medicamentos; tosse persistente; dor ou dificuldade para engolir e respirar; dor de ouvido e de cabeça; entre outros.
Para a dentista Januaria Lima, que atua na assistência ao paciente com câncer na AMO, os fatores de risco devem ser observados e partem primeiramente do autocuidado de cada pessoa. “Qualquer ferida na boca que não cicatrize em 15 dias precisa urgentemente ser avaliada por um profissional para investigação das possíveis causas”, alerta a dentista, esclarecendo que o diagnóstico precoce aumenta em 90% as chances de cura.
FATORES DE RISCO
O tabagismo é um dos principais fatores de risco para os cânceres de cabeça e pescoço. Somente ele é responsável por 75% dos casos da doença. Além do hábito de fumar cigarro e seus derivados, outros fatores de risco podem estar associados: o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, infecções persistentes por HPV, má higiene bucal, exposição à radiação e exposição a substâncias tóxicas como o amianto, o pó de madeira e o níquel.
“Infelizmente, muitos jovens têm utilizado os vapes (cigarros eletrônicos). Eles não possuem filtro, o que pode resultar em um aquecimento da região bucal durante o uso. Essa condição é agravada quando os usuários combinam o vape com o consumo de bebidas alcoólicas geladas, criando um choque de temperatura, que pode aumentar as chances de desenvolvimento de um câncer de boca”, alerta o dentista Matheus Borges, sobre o consumo moderno do cigarro .